M V Izquierdo

O Lado Esquerdo dos Blogs ou Aquele Blog Que Tem a Tal da Sacadinha...

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sexta-feira, 27 de abril de 2012

lazer

É incrivelmente estranho como uma hora de lazer pode passar como se fosse 5 minutos.

E se você precisa arejar,vai passar. Certeza.

Ufa.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Greg


Eu praticamente aprendi a desenhar com ele. Quando a novel comic do Spawn, o Soldado do Inferno, estava no auge, os traçadoseram assinados por Greg Capullo. Tenho vários números da revista em casa; li poucos, decorei os desenhos de todas.

Alguns profissionais de desenho falam mal "desenho sujo, caricatural". Mas soa mesmo como inveja. 

Ele é detalhista, esmerado, tem características próprias bem pessoais na fisionamia e na articulação das personagens (quase barroco) e, diz ele, que não faz esboços. É tudo de cabeça.

Mas isso não é o melhor de tudo. O melhor mesmo é que ele desenha ouvindo música, Heavy Metal, e por isso ele é tão bom.

Chego lá, um dia. 

Ele anda desenhando a série do homem morcego

Batman & Spawn
A melhor briga de todas: Batman X Spawn


quarta-feira, 25 de abril de 2012

A borracharia maravilhosa

Quando o pneu do carro fura, são poucas as opções do que se fazer. As primeiras, sem dúvida, são xingar o pneu ruim, o asfalto precário e a indústria cultural.

Depois só sobra mesmo ir para o borracheiro. E a minha visita não poderia ter sido mais fascinante!

A borracharia do seu Geraldo logo me impressionou pelo próprio seu Geraldo. Imagine um homem gordo, rústico, sujo, barbado - que não seja eu -, que trabalhe com pneus.

Imagine também uma garagem caindo aos pedaços, com cara de cativeiro, toda suja de graxa, com rodas jogadas pelo chão e ferramentas por todos os lados.

Cada detalhe era cativante, e mesmo o melhor diretor de arte da Globo (indústria cultural) não chegaria perto de construir uma borracharia de raiz tão imunda e fascinante como aquela.



Ah, e por acaso, o seu Geraldo achou o problema do pneu...

terça-feira, 24 de abril de 2012

Um momento!

Chega um  momento na vida das pessoas em que tudo acontece ao mesmo tempo.

Trabalho, namoro, TCC, estudos, blog, freelas, tentativas de conquista do mundo etc. etc. etc.

Um momento em que é difícil dizer "não" para as oportunidades que aparecem.

Porque talvez seja um momento único.

Só que quando a responsabilidade de todas essas grandes oportunidades aparece de uma vez só é necessário parar, pedir um momento, para escrever no blog algo descompromissado e sincero.

Pra aliviar.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O argumento quase infalível


Na faculdade, outro dia, duas amigas começaram a conversar perto de mim. Uma chorava muito.

- Bia, não sei como isso foi acontecer. A gente era feito um pro outro.

- Calma, amiga. Não chora.

- Meu, que facada no peito. Eu achei que a gente fosse especial.

- Amiga, para de chorar.

- Que desgraça!!! Buá!

- Chega. Olha, raciocina comigo, que você vai perceber que está chorando por nada. Imagina que se eu fosse chorar por tudo de ruim que acontece comigo, eu viveria chorando!

A amiga continuou com o berreiro.

A Bia tinha nas mãos um argumento quase infalível. Se não fosse tão ruim.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Animalesco

Ter de passar duas horas por dia no metrô me fez coletar histórias e vivências muito interessantes e legais, diferente da que eu vou contar agora:


Há umas semanas, eu estava voltando pra casa e um grupo de pessoas começou a conversar. Uma garota repentinamente ficou em primeiro plano:

- E teve aquele dia também que eu fiz xixi no vagão...

O amigos racharam o bico e pediram detalhes, eu pedi uma coleira e um jornal.

- Meu, era de madrugada e eu tava muito apertada. Daí um fui no cantinho e mijei mesmo.

Os amigos se matavam de rir enquanto ela descrevia o caminho que a poça havia feito. Eu só me perguntava se alguém tinha levado ela pra passear antes da viagem.

Quando eu achei que tinha acabado...

- Sem falar no dia que não me deixaram fumar aqui dentro.

- Você fumou dentro do vagão?!

- É... o guardinha do metrô me pediu pra apagar o cigarro e eu não quis, daí ele me deu uma advertência. Rá rá rá... ADVERTÊNCIA... rá rá rá.

Ela saiu do vagão contando vantagem para os amigos. Eu aproveitei e marquei o veterinário. Um animal assim não pode procriar, tem de ser castrado.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Nem prestei atenção...

Dia atrás, uma garota começa a chorar no vagão do metrô, falando ao celular.


A sensação de todo mundo no vagão foi de “não vou olhar, pra parecer que não estou prestando atenção”.

Mas um homem sentado por perto chamou a garota e começou a conversar com ela.

Aparentemente ele, diferentemente de todos os outros, não pôde deixar de ouvir e entender que o tio dela, o Elvio, tinha morrido.

Ele começou a falar sobre a vida, sobre a morte, e sobre a missão que Jesus tinha determinado para cada um de nós. Anotou o nome do homem e disse que mandaria rezarem uma missa.

A garota agradeceu e o homem foi embora.

Mas eu não estava olhando...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dia do desenhista

Ser desenhista não é fácil.


O mercado não é ótimo e as concessões são várias. A ideia pra dar certo é ser bom e ter uma incrível sorte. O segundo quesito é prioridade.

A experiência mais forte que tive na profissão de desenhista foi ilustrar um TCC de uma amiga. Ela me pagou com lanches do Mcdonalds. Sou agradecido até hoje.

Com o tempo decidi largar o desejo da profissão, que me acompanhou até os 17 anos, quando decidi fazer Rádio e TV. Sou arrependido até hoje.

Apesar de eu achar ter feito uma boa escolha, ainda fica a sensação do que poderia ter sido e não foi.

Mas a simples alegria de fazer alguns desenhos para este blog já me deixa extremamente realizado.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

sexta-feira 13

Ele é um boneco aparentemente inofensivo e delicado, mas na verdade é o corpo oco que abriga a alma de um cruel assassino morto, que quer entrar na casa de criancinhas inofensivas, passar sua alma para o corpo delas e voltar a viver e destilar seu ódio.

Esse é simplesmente a personagem mais assustadora e divertida dos cinemas.

E é a minha personagem de terror preferida.


quinta-feira, 12 de abril de 2012

O post que existe, só que ao contrário

Sem dúvida, com o passar do tempo, este blog chegou num ponto em que não é mais necessário escrever um post tipo “os dias andam corridos”.

Simplesmente o fato de eu ter que deixar de postar pelo menos em um dia da semana, já é a prova mais absoluta e concreta de que os dias realmente andam corridos.

Então o post de ontem sobre “os dias andam corridos” é a inexistência de qualquer post.

Ou seja, ontem eu postei, só que ao contrário.

terça-feira, 10 de abril de 2012

3 x 4


Há umas semanas atrás eu precisava fazer aquilo que 99,9% das pessoas evita a todo custo: tirar foto 3x4.

São muitas as reclamações. “3x4 não favorece”; “A luz atrapalha”; “A câmera é ruim”; “Sou feio demais para ser visto em público, imagina eternizado numa foto...”

Mas encarei todas as adversidades e fui a um fotógrafo numa ruazinha perto de casa. O lugar era simples ao máximo. Na porta, tinha uma placa “Tiramos foto 3x4 PROFISSIONAL”. O comércio era tipo 1,99 e por isso me interessei pelo conceito “profissional” que eles propunham.

O atendente era um senhor japonês, que falava menos português do que os vendedores do ching ling. Ele estava compenetrado no jornal Nikkey Shimbun dele.

Eu “Quanto é pra tirar foto 3x4?”

Japonês “Tlêspor quatlo dez leias”

Eu “Obligado”

A salinha era um cubículo mofado. Com uma cartolina branca de fundo.

A foto ficou pronta em menos de 20 minutos, pelo menos. E meu conceito de “profissional” definitivamente mudou depois daquele dia. 


segunda-feira, 9 de abril de 2012

Histórias sem áudio

A experiência foi incrível.

Quando pararam a mim e à Elaine na porta do CCBB para “ouvir” uma história por meio de libras, o impulso foi meio “Heim?!”

A moça que estava na porta explicou melhor e fomos ver a apresentação. A ideia era de uma história sendo contada por uma contadora que não podia falar.

Era engraçado perceber a reação das pessoas em volta. Todo mundo acabou parando só para “dar uma olhada”, já que ficar ali para ver uma surda-muda contar uma história era uma atitude no mínimo contraditória.

Mas quando a mulher começou a contar a história, todo mundo acabou prestando mais atenção. Ela tinha uma expressividade no rosto que deixaria o cara do “para a nossa alegria” absolutamente enciumado. Era uma ótima a atriz e, por mais incrível que pareça, falava pelos cotovelos.

Nessa rápida apresentação ela representou...

... A indiazinha indefesa:
A cobra malvada:

O cacique ancião:


E o solilóquio de Hamlet:


A experiência foi incrível.

terça-feira, 3 de abril de 2012

FAST FOWARD LIFE

São muitas emoções para um semestre só.

De estagiário para desempregado para estagiário para empregado. Ufa!

Ver o tempo correndo assim é sentir a vida caminhado a passos ligeiros; para a nossa alegria.

Para a nossa tristeza, essas passagens, em fast foward, dão a impressão de correr sem absorver nem mesmo o essencial. Alguns nomes, um semblante; poucas opções de sorrisos no banco de memória. No máximo uma expressão característica da fala, pra reconhecer ao telefone; nada mais.

Correr contra o tempo é bom. É como avançar sem barreiras. Mas deixa a vida com um som meio "esbalblaualahaublarhaihaa".

esbalblaualahaublarhaihaa